sexta-feira, 21 de março de 2014

Cores da Caridade

A caridade possui muitas cores


Similar a uma luz alva que passa por um prisma, ao passar pela polarização da vida na Terra, ela se decompõe numa infinidade de colorações belíssimas.

Eis mais uma delas.

Você já pensou em quanto é bom fazer as pessoas se sentirem importantes?

Certamente gostamos que os outros nos façam sentir assim.

Uma autoestima elevada é capaz de nos fazer ganhar o Céu, mesmo estando ainda sofrendo a gravidade da Terra.

Um escritor narra uma experiência singular que viveu numa fila de correio:

Estava na fila, esperando para registrar uma carta. Observava o funcionário de registro trabalhando, e o percebia fatigado com sua atividade intensa: pesando envelopes, entregando selos, dando troco, preenchendo recibos...

Assim, disse para mim mesmo: 
"Vou tentar fazer este rapaz gostar de mim."

Obviamente, para conseguir, teria que dizer alguma coisa bonita, não sobre mim, mas sobre ele.

Perguntei-me novamente: 

"O que há sobre ele que eu possa admirar com sinceridade?"

Eis uma pergunta difícil de responder, principalmente quando se trata de estranhos. 

Mas, neste caso, foi fácil. 

Instantaneamente, vi algo que admirei.

Enquanto pesava meu envelope, observei com entusiasmo: 

"Certamente eu desejaria ter a sua cabeleira!"

Ele levantou a vista meio assustado, sua fisionomia irradiou sorrisos.

"Oh! Ela não está tão bem como já foi", disse modestamente.

Assegurei-lhe que, embora pudesse haver perdido já certa quantidade de cabelos, mesmo assim continuava magnífica.

Ficou imensamente satisfeito. 

Demoramo-nos numa pequena e agradável conversa, e a última coisa que ele me disse foi: 

"Muitas pessoas têm admirado meus cabelos!"

Aposto que aquele rapaz saiu para almoçar andando à vontade. 

Aposto que, quando foi para casa, à noite, contou tudo à esposa. 

Aposto como se olhou no espelho e disse: 

"É uma bela cabeleira!"

Certa vez, ao narrar este caso em público, ouvi de uma pessoa:

"O que queria o senhor conseguir dele??"

Ora, o que eu estava procurando conseguir dele!!!

Será que somos tão desprezíveis e egoístas, que não podemos irradiar uma pequena felicidade e ensejar uma parcela de apreciação sincera, sem procurar obter alguma coisa de outra pessoa como recompensa?

O autor termina dizendo: 

Oh, sim, eu queria alguma coisa daquele rapaz. 

Queria alguma coisa que não tinha preço. 

E consegui.

Consegui a satisfação de fazer alguma coisa por ele, sem que ele necessitasse fazer alguma coisa por mim como retribuição;

O que significa um sentimento que crescerá e ecoará na memória dele, mesmo muito tempo depois de passado o incidente.


CONCLUSÃO:

Quantas formas de desenvolver o amor, de praticar a caridade...

Quando começarmos a perceber, a sentir o prazer intenso, a gratificação suprema de fazer os outros felizes, nós começaremos a perseguir ardentemente a caridade.

Começaremos a buscá-la incessantemente, em suas mais diferentes cores e tons.


Cada nova descoberta, cada nova cor da caridade vislumbrada, então será motivo de festa, de celebração ao amor, e a Deus.


Paz Profunda

Eliane de Pádua



O poço e a pedra




Um monge peregrino caminhava por uma estrada quando, do meio da relva alta, surgiu um homem jovem de grande estatura e com olhos muito tristes.

Assustado com aquele aparecimento inesperado, o monge parou e perguntou se poderia fazer algo por ele.

O homem abaixou os olhos e murmurou envergonhado: 

"Sou um criminoso, um ladrão. Perdi o afeto de meus pais e dos meus amigos. Como quem afunda na lama, tenho praticado crime após crime. Tenho medo do futuro e não sinto sossego por nenhum instante. Vejo que o senhor é um monge, livre-me então desse sofrimento, dessa angústia!"- pediu ajoelhando-se.

O monge, que ouvira tudo em silêncio, fitou os olhos daquele homem e alguns instantes depois disse: 

"Estou com muita sede. Há alguma fonte por aqui?"

Com expressão de surpresa pela repentina pergunta, o jovem respondeu: 

"Sim, há um poço logo ali, porém nele não há roldana, nem balde. 
Tenho aqui, no entanto, uma corda que posso amarrar na sua cintura e descê-lo para dentro do poço. O senhor poderá tomar água até se saciar. Quando estiver satisfeito, avise-me que eu o puxarei para cima."

O monge sorrindo aceitou a ideia e logo em seguida encontrava-se dentro do poço.

Pouco depois, veio a voz do monge: 

"Pode puxar!"

O homem deu um puxão na corda empregando grande força, mas nada do monge subir.

Era estranho, pois parecia que a corda estava mais pesada agora do que no início.

Depois de inúteis tentativas para fazer com que o monge subisse, o homem esticou o pescoço pela borda, observou a escuridão do interior do poço para ver o que se passava lá no fundo.

Qual não foi sua surpresa ao ver o monge firmemente agarrado a uma grande pedra que havia na lateral.

Por um momento ficou mudo de espanto, para logo em seguida gritar zangado: 

"Hei, que é isso? O que faz o senhor aí? Pare já com essa brincadeira boba! Está escurecendo, logo será noite. Vamos, largue essa rocha para que eu possa içá-lo."

De lá de dentro o monge pediu calma ao rapaz, explicando: 

"Você é grande e forte, mas mesmo com toda essa força não consegue me puxar se eu ficar assim agarrado a esta pedra. É exatamente isso que está acontecendo com você. Você se considera um criminoso, um ladrão, uma pessoa que não merece o amor e o afeto de ninguém. Encontra-se firmemente agarrado a essas ideias. Desse jeito, mesmo que eu ou qualquer outra pessoa faça grande esforço para reerguê-lo, não vai adiantar nada."


Tudo depende de você. 

Somente você pode resolver se vai continuar agarrado ou se vai se soltar. 

Se quiser realmente mudar, é necessário que se desprenda dessas ideias negativas que o vêm mantendo no fundo do poço.

“Desprenda-se e liberte-se.”




CONCLUSÃO:


A escuridão nada mais é do que a falta de luz, assim como o mal é a ausência do bem. 

Quando pensamentos negativos turvarem nossos pensamentos, ocultando nossos melhores sentimentos, busquemos a luz da verdade e o caminho do bem.

Abandonemos as pedras da ignorância e do medo que nos mantêm prisioneiros de nossas próprias imperfeições, nos poços do egoísmo e do orgulho.



Paz Profunda

Eliane de Pádua





terça-feira, 18 de março de 2014

Pedido Especial à Jesus!




Me chamaste, estou aqui...

O que queres de mim hoje? 

De que precisas? 

Peça, meu filho, peça minha filha... estou aqui para ajudar!

Jesus Cristo
(Faça agora o seu pedido especial à Jesus, enumerando os problemas e as dificuldades que o afligem. 
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